Inauguração Visões Indecisionistas – declensions of reality
04/03/2020
In Bloom
rua Lucinda Simoes 5A, 1900-304 Lisbona
Eu sou o Egosistema; são todas as páginas dos meus diários, as frases dos livros que leio e permaneço sobre mim, as imagens que tiro para me encontrar numa fotografia. Ou, parafraseando, é um discurso sobre a banalidade da existência humana contemporânea que deixa de olhar além do seu nariz e se perde na jornada triangular (passado-presente-futuro) da sua vida, como se o ponto de vista a partir do qual observa o mundo era o centro absoluto. Este é um Egosistema: uma gaiola dourada; um espaço interior complexo; uma viagem de ida e volta, fechada; a ideia e o ideal que criamos de nós mesmos para nós mesmos. Somos todos Egosistema, onde o nosso corpo é o único habitante do planeta e todos os outros corpos são apenas órbitas. A lente fotográfica visa-nos porque não sabemos olhar mais além e o narcisismo se torna crença.